E chega ao fim. Chega o fim do sentimento e da esperança, dos sonhos de sermos nós, para sempre. Das noites em que me tocavas em sonhos e eu sabia que havias chegado para ficar.
Nada. Chega o nada e a plenitude desapareceu por si própria, como se fosse sendo consumida aos poucos, e se tivesse naturalmente extinguido. É o fim das juras de amor, das palavras que foram proferidas de acordo com o coração e que nunca serão esquecidas.
Serás sempre uma memória feliz, sem mágoas nem tristeza, que permanecerá para sempre comigo, mesmo que a luz tenha já sido apagada.
Não me arrependo, afinal não nos podemos arrepender das melhores coisas que fizeram parte da nossa vida e que, de certa forma, nos construiram. Porque foi isso que aconteceu, criaste uma nova parte de mim, aquela que aceita o que a vida me traz e é capaz de guardar sem mágoa as partes mais tristes da minha existencia. Contigo aprendi a aceitar-me, a ser eu e a gostar de ser eu, a ser confiante e a saber que o que faço pode não estar correcto, mas pretende ser correcto.
É isto que fica quando não temos mais nada, as recordações de uma etapa acabada mas da qual não saímos perdedores.
Gostarei sempre de ti, da pessoa que és independentemente daquilo que os outros querem que sejas. Foi isso que sempre amei em ti, e que vou esconder na parte mais inetrior de mim mesma, para que nunca acabe.
Mary, 28 de Outubro de 2007
. Sonhar
. Talvez
. Saudade
. Anjo